quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Watch 'n' ask

Além do blog para cada grupo esse projeto de extensão da UnB inclui um seminário para a maioria dos grupos da turma, após esse seminário alguns grupos são sorteados para fazer perguntas que devemos responder nos blogs, esse é o watch 'n' ask.

Pergunta do grupo de radicais livres:

Sabe-se que a hipertensão está envolvida diretamente em diversos problemas da sociedade contemporânea, como doenças do sistema cardiovascular e o derrame. Como é dada essa relação, levando-se em conta uma explicação a nível molecular?

hipertensão significa pressão arterial alta, ou seja é uma grandeza física e não é matéria...não tem nada a ver com nível molecular. A hipertensão pode romper vasos que é o acidente vascular hemorrágico. Quanto aos outros problemas não são da pressão propriamente dita mas embolia por exemplo que pode ser causada por aterosclerose, que frequentemente vem acompanhada da hipertensão, ou seja, a hipertensão é indicativo de outros problemas, ela em si não causa muitos problemas, ainda que alguns possam ser graves. Derrame é uma forma vulgar de se dizer acidente vascular cerebral, este pode ser por rompimento de vaso, ou seja, AVC hemorrágico, mas também pode ocorrer por obstrução, AVC isquêmico. O primeiro pode ter relação direta com hipertensão, mas não o segundo.

A influência dos Genes na Hipertensão Arterial

Boa tarde galera! Que tal aprendermos agora sobre a relação entre a genética e a Hipertensão Arterial? É um assunto muito interessante, tenho certeza que vocês vão gostar!

Basicamente, temos que a Hipertensão Arterial acontece devido a uma associação entre fatores ambientais e fatores genéticos. Os fatores ambientais são mais bem elucidados que os genéticos, devido à sua alta complexidade e variabilidade. É por isso que, ainda hoje, a compreensão desses fatores está em andamento. 


   Que tal se apresentarmos algumas evidências básicas de que a genética está realmente ligada à hipertensão? Em estudos realizados com famílias formadas por hipertensos, notou-se um maior nível de pressão arterial nos filhos biológicos em relação aos filhos adotivos. Também se notou uma maior semelhança entre a pressão arterial de dois gêmeos univitelinos em relação a gêmeos bivitelinos. É por isso que pessoas com histórico familiar de hipertensão estão mais susceptíveis a apresentar o quadro hipertensivo.

“Dos fatores envolvidos na fisiopatogênese da hipertensão arterial, um terço deles pode ser atribuído a fatores genéticos.” (Rev. Soc. Cardiol. Estado de São Paulo — Vol. 13 — No1 — Janeiro/Fevereiro de 2003).

Alterações genéticas podem provocar variações na pressão arterial que não poderão ser controladas pelos sistemas reguladores da pressão (já explicados em postagens anteriores). Mutações genéticas podem acarretar variações na regulação de fluidos corporais, no metabolismo eletrolítico e na função renal. Essas alterações levam a um aumento da P.A.

Um estudo realizado na Europa recentemente identificou, através de uma análise genômica, que os peptídeos natriuréticos possuem genes que podem ser alterados ao longo das gerações, de modo a causar modificação no funcionamento desses peptídeos, podendo levar à hipertensão, uma vez que esses peptídeos atuam na regulação da P.A.

Deve-se destacar também, os resultados de estudos realizados a cerca de polimorfismos no Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA). O nível da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) circulante é determinado geneticamente por dois alelos. O alelo ‘I’ está relacionado com a inserção e o alelo ‘D’ com a deleção. Um genótipo ‘II’ acarreta uma menor quantidade de ECA e, consequentemente, de Angiotensina II. Um genótipo ‘DD’, por sua vez, acarreta uma maior quantidade de ECA e de Angiotensina II. A partir daí, concluiu-se que o genótipo ‘DD’ levava a um maior risco de hipertensão, entre outras condições.

Podemos citar aqui, para facilitar a compreensão de vocês, mais um exemplo de polimorfismo relacionado à hipertensão. Uma mutação no gene do Angiotensinogênio, trocando uma molécula de metionina por uma de treonina, pode ser muito grave. Isso pode levar a pessoa a desenvolver doenças cardiovasculares, além de gerar um maior risco de ela apresentar Hipertensão. Além disso, as chances de ocorrer um AVC ou infarto agudo do miocárdio também aumentam.

Há muitos outros tipos de polimorfismos que podem se relacionar com o quadro de hipertensão arterial. Esses citados foram apenas alguns exemplos de como a genética influencia na hipertensão.

Devemos destacar que essas variantes genéticas localizam-se nos cromossomos e são transmitidas de geração pra geração por meio da fecundação.

A genética também influencia na escolha e no funcionamento dos medicamentos anti-hipertensivos. É a chamada Farmacogenética. A prescrição do remédio costuma ser baseada em fatores externos, tais como sexo, idade, raça, entre outros. Porém, para um melhor tratamento da Hipertensão, a melhor solução seria buscar, nos fatores genéticos, entender a resposta individual aos medicamentos e, assim, indicar o correto.

O objetivo da Farmacogenética é proporcionar um melhor tratamento para o paciente, evitando a perda de tempo e de dinheiro com tratamentos que poderiam se revelar ineficazes.

Há de se destacar, também, os benefícios proporcionados pelos avanços da terapia gênica no controle da hipertensão arterial. Segundo o Instituto do Coração (Incor), as duas estratégias de terapia gênica utilizada são: a) Inserção de genes que acarretam a expressão de substâncias vasodilatadoras e b) Inibição de genes codificadores de substâncias vasoconstritoras.

Bom galera, esses eventos citados são apenas algumas das formas em que a genética influencia na Hipertensão. Espero que tenha ficado um pouco mais claro à respeito dessa importante interação!








Postado por Alexandre Guimarães


Bibliografia:
http://www.incor.usp.br/conteudo-medico/geral/terapia%20genica.html
http://www.wagnersilvadantas.com.br/wp-content/uploads/genetica-e-hipertensao-arterial.pdf
http://agencia.fapesp.br/10111
http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/cienciasaude/article/viewFile/464/556
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/8-1/012.pdf
http://www.decodeme.com/hypertension

Watch 'n' Ask!

Do grupo de Neurotransmissores: Como os flavonóides atuam na função endotelial do NO?

Os flavonóides atuam intensificando a função endotelial de síntese de NO. Como o NO possui papel vasodilatador e desagregador das plaquetas sanguíneas, o aumento da quantidade desse composto faz com que a pressão arterial se mantenha em um nível normal e que a formação de placas de coágulos (trombos) seja evitada. Esses dois fatores em conjunto contribuem para que a pressão arterial não aumente.
Essa ação dos flavonóides já foi demonstrada por meio de pesquisas que indicam que “ocorre um aumento significativo dos níveis de óxido nítrico circulante e na dilatação das artérias, após a ingestão de bebidas contendo de 176 a 185 miligramas de flavonóides”. Esse dado é resultado de uma pesquisa realizada com fumantes, porém, como a quantidade de participantes foi pequena, outros estudos ainda são necessários para que se explique melhor a relação entre flavonóides e NO.

Rafaela Debastiani Garcia

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/1641/2147
http://www.fcfar.unesp.br/posgraduacao/biociencias/Disertacoes/2008/JoseCarlosDO.pdf
http://www.saudeesportiva.com.br/flavonoides.php

Combatendo a hipertensão com a alimentação

Boa noite pessoal, o semestre está terminando e hoje eu estou aqui para fazer minha última postagem sobre essa doença tão presente na vida de nós brasileiros, a hipertensão. E depois de tantos assuntos complexos eu resolvi escrever sobre um tema mais simples, porém também muito importante e interessante: como prevenir e controlar a hipertensão por meio da alimentação, o chamado DASH (Método de Interrupção da Hipertensão pela Alimentação).

Como já foi muito falado por nós neste blog mudar o estilo de vida, ou seja, optar, entre outras coisas, por uma alimentação mais saudável e pela prática de exercícios físicos, é uma excelente opção para reduzir e controlar a pressão arterial. Os benefícios dos exercícios físicos já foram discutidos aqui por outra autora do blog, falemos um pouco agora sobre a alimentação.

Os primeiros alimentos que devem ter seu consumo diminuído na dieta de um hipertenso são o sal e o sódio, outros temperos como o alho e a cebola, que possuem compostos sulforosos vasodilatadores, podem substituir o sal e ainda trazer benefícios. O alho atua também como fator inibidor da coagulação sanguínea, o que reduz as chances de formação de trombos e, portanto, de obstrução dos vasos. O sal e o sódio precisam ser evitados, pois são responsáveis pela retenção de líquidos, o que leva a um aumento da pressão arterial.



Cereais integrais como aveia e pão integral são ricos em fibras. As fibras promovem a redução das taxas de LDL-colesterol, o aumento de HDL-colesterol e a consequente redução da pressão arterial e do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, já que a quantidade elevada de LDL favorece o desenvolvimento dessas doenças.

Alimentos ricos em flavonóides como o vinho tinto, a uva, as frutas vermelhas, a soja, o leite e a lentilha, devem ser consumidos por possuírem em sua composição essa substância, que é potente agente antioxidante.

A linhaça e seu óleo bem como o óleo de peixe, o azeite, a castanha e as nozes são alimentos ricos em ômega 3, que possui efeito vasodilatador, muito importante para manter a pressão controlada. Diferente das gorduras trans e das saturadas, que podem obstruir vasos, as gorduras monoinsaturadas são capazes de reduzir a pressão arterial.

Ervilha, banana, batata, tomate e leite, por exemplo, são fontes de potássio. O potássio atua como anti-hipertensivo, auxiliando, juntamente com o sódio, no controle hídrico das células, controlando a pressão arterial.

Acredita-se também que a ftalida, fitoquímico encontrado em um legume de baixo teor calórico, o aipo, favorece a diminuição da pressão arterial, pois ela é capaz de reduzir a quantidade de hormônios do estresse, que, como já foi discutido em outra postagem, induzem a vasoconstrição, facilitando o aumento da pressão. Além disso, o aipo ainda possui ação diurética, o que é importante para os hipertensos.




Frutas e vegetais em geral, como todos sabem, são sempre benéficos para o nosso organismo, afinal são alimentos pobres em gorduras e sal e ricos em fibras e potássio o que, como já foi explicado acima, é importante para o controle da hipertensão. Além disso, esses tipos de alimentos ajudam na perda de peso, o que é extremamente valioso para a diminuição da pressão arterial.


Bom, e pra finalizar só mais um vídeo rico em informações sobre alimentos que ajudam no controle da hipertensão:





Então é isso pessoal, foi um prazer levar um pouco mais de conhecimento até vocês, espero que aproveitem!

Rafaela Debastiani Garcia

http://sentirbem.uol.com.br/index.php?modulo=artigos&id=312&tipo=1
http://saude.hsw.uol.com.br/como-reduzir-a-pressao-alta2.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/pressao-alta.htm
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v37n6/18017.pdf